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quinta-feira, 29 de março de 2012

Seleção masculina de handebol vai para o tudo ou nada no pré-olímpico na Suécia

A competição é a última chance de garantir vaga para as Olimpíadas de Londres

Brasileiros lamentam a derrota para a Argentina na final do Pan de Guadalajara: resultado custou a vaga olímpica

Os 13 jogadores que compõem a Seleção Brasileira de handebol embarcam hoje para uma missão importantíssima: triunfar na última chance que terão de conquistar a sonhada vaga para as Olimpíadas de Londres. A primeira parada será na Tunísia, onde disputam três amistosos. Depois, o grupo segue para a Suécia e lá, sim, jogam para valer, no Torneio Pré-Olímpico. Além dos donos da casa, disputam a competição a Macedônia e a Hungria. Todos os times se enfrentam e os dois melhores carimbam o passaporte para a capital inglesa.


O Brasil teve a chance de assegurar a participação nos Jogos da Inglaterra no Pan-Americano de Guadalajara, no ano passado. O time avançou à final ao lado da Argentina, mas acabou derrotado, por 26 x 23, em um revés que custou ao mesmo tempo o ouro e a vaga olímpica. Com isso, resta à equipe o desafio de passar pelos adversários do pré-olímpico, que foram definidos após o Campeonato Europeu.

A Suécia promete ser o rival mais difícil, já que é uma das escolas de maior tradição no esporte. Mesmo sem ganhar um título desde 1999, o país é tetracampeão mundial e europeu e já conquistou a prata em três das últimas cinco edições das Olimpíadas. Hungria e Macedônia são adversários do mesmo nível brasileiro.

“Nós perdemos a oportunidade de nos classificarmos no Pan. Agora, a vaga está mais difícil. Todos os oponentes são fortes. A Suécia tem história e jogará em casa, e a Hungria também joga bem. Talvez o mais inferior seja a Macedônia”, analisa o treinador da Seleção Brasileira, Javier Garcia Cuesta. O espanhol, que já jogou na equipe espanhola e participou de uma Olimpíada, assumiu o time verde-amarelo em fevereiro de 2009 e, desde então, coordenou o time no Mundial (em que o Brasil ficou em 21º) e no Pan-Americano do México.

“Quando passei a comandar a Seleção, tentei trabalhar mais a defesa e a transição. Acho que melhoramos nosso contra-ataque e o sistema defensivo”, afirma. “No Pan, começamos jogando bem, mas, na final, não conseguimos manter o ritmo. Não tivemos muito tempo desde então para inventar coisas novas ou mudar outras. Nos resta ir ao Pré-Olímpico e jogar bem”, diz.

Tarefa árdua
Para o goleiro Maik, após o fracasso no Pan o desafio de garantir a vaga olímpica se tornou bem mais complicado devido ao alto nível dos times europeus. “Sabemos que eles são os favoritos, até pela tradição. Temos que aproveitar cada oportunidade e jogar para tentar surpreender. Devemos superar as nossas próprias expectativas e melhorar em tudo”, analisa.

“Se a gente conseguir essa vaga, será um feito histórico para o handebol brasileiro, pois teremos enfrentado equipes europeias tradicionais e fortes”, conclui o goleiro, que jogará ao lado do irmão, Marcão, também goleiro. “Ele foi para as Olimpíadas de Atenas (2004) e, eu, para as de Pequim (2008). Se formos juntos para Londres vamos realizar um sonho”, adianta.

Os campeões continentais da Ásia, da Europa, da África e da América (Jogos Pan-Americanos) já garantiram lugar nos Jogos, assim como a França, atual campeã mundial, e a Grã-Bretanha, dona da casa. Outras seis vagas serão distribuídas em três pré-olímpicos (incluindo o que o Brasil participa), cada um com quatro equipes. Nas últimas Olimpíadas, na China, a França levou o ouro; a Islândia, a prata; e a Espanha, o bronze.

Retrospectos

Confira as campanhas da Seleção
Brasileira nas Olimpíadas, nos Mundiais e nos Jogos Pan-Americanos

Olimpíadas
Barcelona–1992: 12º
Atlanta-1996: 11º
Atenas-2004: 10º
Pequim-2008: 11º

Mundiais
1958 – 15º
1995 – 24º
1997 – 24º
1999 – 16º
2001 – 19º
2003 – 22º
2005 – 19º
2007 – 19º
2009 – 21º

Jogos Pan-Americanos
Indianápolis-1987: 3º lugar
Havana-1991: 2º
Mar del Plata -1995: 2º
Winnipeg-1999: 2º
Santo Domingo-2003: 1º
Rio de Janeiro-2007: 1º
Guadalajara-2011: 2º

Memória

O Brasil e a Argentina se enfrentaram na final nos últimos três Jogos Pan-Americanos. Em Santo Domingo-2003, as equipes levaram o jogo para a prorrogação e os brasileiros venceram com um gol de diferença, em uma decisão emocionante. Há quatro anos, em casa, no Rio de Janeiro, o time verde-amarelo triunfou com mais facilidade, mas uma briga generalizada no fim do duelo marcou a conquista. Já em Guadalajara, os hermanos foram melhores. O Brasil passou apuros e perdeu para os vizinhos pelo apertado placar de 26 x 23.

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