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quinta-feira, 29 de março de 2012

Campeão mundial na praia espera levar handebol de quadra a Londres

Gil pretende entrar em quadra "com a faca entre os dentes" pela vaga olímpica

"O clima é totalmente diferente." É desta maneira que o bicampeão mundial de handebol de areia Gil, integrante da Seleção Brasileira do esporte na quadra, comenta sua transição para os ginásios. Apesar do sucesso obtido nas praias, o ponta esquerda apostou na mudança de "astral" e agora espera ajudar o Brasil a conquistar uma vaga nos Jogos Olímpicos de Londres.

De acordo com Gil, o fato de ter sido campeão do mundo nas areias duas vezes (Brasil 2006 e Turquia 2010) dá muito mais credibilidade aos brasileiros no cenário do handebol. "Durante os torneios, a forma de tratamento das outras equipes (com o Brasil) já é diferente da quadra em relação à praia, por conta dos resultados que a areia tem em nível mundial", comentou, em entrevista ao Terra.

A reputação da Seleção, contudo, não é o principal atrativo das competições nas areias. Questionado sobre o que achava da atmosfera da praia, com o público mais à vontade, o ponta lembrou dos campeonatos com um sorriso no rosto.

"É... (os torneios) acontecem principalmente na Europa, nas férias de verão. Então o clima é totalmente diferente, é outro astral. Até pelo fato de ser praia, acaba dando um pouco mais de tranquilidade. Na hora da competição é uma coisa bem séria, mas fora da competição tem outro astral", contou.

Presente na equipe brasileira de handebol de areia desde 2004, Gil foi convocado para o time de quadra com a chegada do técnico Javier Garcia Cuesta, em 2009. "De lá pra cá eu ainda consegui por um tempo ficar nas duas seleções", disse. O calendário conflitante das duas modalidades, no entanto, fez com que ele tivesse de escolher uma das duas.

"Em 2010 houve um choque de competições, com o Campeonato Pan-Americano de quadra e o Mundial de praia. Então a gente entrou num acordo que eu iria para esse Mundial (de areia) na Turquia e daí em diante serviria só à equipe de quadra", disse o jogador, que não sofreu tecnicamente com a troca de ares.

"É uma modalidade muito diferente da outra", adiantou. "Então a gente passa por um processo de adaptação. Mas no inverso é mais complicado do que vir para a quadra. Ir da praia para a quadra acaba sendo mais fácil porque eu treino o ano todo quadra, né?"

"Faca nos dentes" por Olimpíada

Depois de perder para a Argentina na final dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, o Brasil desperdiçou a melhor chance de conquistar a vaga olímpica. Agora, para assegurar a viagem aos Jogos de Londres, o Brasil precisa se classificar entre os dois melhores de um quadrangular, que conta com os fortes times da Suécia, Macedônia e Hungria.

"A grande oportunidade que a gente tinha, sem duvida, era o Pan-Americano. Essa competição que a gente está indo é muito mais difícil", avaliou. "Mas, como o professor (Javier Cuesta) falou, a gente não tem nada a perder. A gente vai colocar a faca nos dentes e partir para cima. Eu até coloquei nas minhas redes sociais que eu nunca vou empenhar tanta vontade em nada na minha vida como vai ser para esse campeonato".

Gil viaja nesta quinta-feira com o time do Brasil para a Tunísia, onde encaram três amistosos, dois contra a seleção local (dias 31 de março e 2 de abril) e outro contra um clube ainda não definido (4 de abril). Após as partidas, no dia 5 de abril, a Seleção segue para Gotemburgo, na Suécia, onde participa do Torneio Pré-Olímpico.

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