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sábado, 29 de outubro de 2011

Prata no Pan faz capitão da Seleção Masculina anunciar a aposentaduria

A Seleção Brasileira masculina de handebol perdeu nesta terça-feira seu capitão. Após a derrota para a Argentina por 26 a 23 na final dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no Ginásio San Rafael, Léo anunciou que está deixando a equipe. Em seu discurso, deixou implícita a impressão de poder inclusive abandonar a modalidade aos 34 anos, diante da medalha de prata que classificou os argentinos para a Olimpíada de Londres, em 2012.

"Acabei não fazendo um bom jogo. Acho que foi um dos piores que fiz na minha vida, na minha carreira. Estou muito triste por isso. Mas agora não tem o que fazer, o esporte é assim mesmo. Já fiz muito pela Seleção Brasileira, pelo handebol. Hoje eu acabo deixando para trás uma carreira bacana, uma carreira legal. E a frustração é de não ter dado a chance dessa molecada que está surgindo agora de participar de uma Olimpíada. Mas acho que essa geração nova do Brasil tem muito talento", discursou.

O armador central da Unopar/FEL/Sercomtel (PR), um dos destaques da Seleção que conquistou a medalha de ouro no Pan de 2007, viu os Jogos de Guadalajara como o momento correto para dar chances a novos nomes que surgem na posição. A decisão, segundo ele, já vinha sendo adiada há alguns anos, mas a derrota para a Argentina e a dúvida a respeito da vaga para Londres 2012 acabaram transformando os planos em certeza.

"Acho que é hora de dar chance para as outras pessoas. No começo desse ciclo olímpico, quando acabou a Olimpíada de Pequim (2008), eu já achei que não teria condições, que não aguentaria - pelas lesões, pelo cansaço - mais quatro anos. Mas aí foi passando o ano, fui treinando com a Seleção, fui vendo que aguentaria", disse. "Mas talvez agora acho que é hora de dar uma parada, principalmente na Seleção. Momento de colocar um fim na carreira, e abrir as porta para a molecada. Tem muita gente boa que joga na minha posição hoje em dia. Eles têm totais chances de representar bem o Brasil", completou.

De seu último jogo pela Seleção Brasileira, Léo fez uma análise positiva. Viu o Brasil organizado no começo da partida, mas vítima das suspensões de jogadores antes do intervalo. Porém, não escondeu o "sentimento de frustração" após a derrota dos brasileiros - em grande parte, por conta do fator emocional.

"Acho que a gente entrou concentrado no jogo, conseguiu colocar o ritmo que a gente queria, imprimir o nosso jogo. Nos 10 primeiros minutos, conseguimos abrir cinco gols no placar (12 a 7), que era a filosofia que a gente estava tendo: defesa forte com contra-ataques. Depois, teve um período em que a gente ficou muito tempo com um jogador a menos por exclusões, e eles voltaram ao jogo. Acabaram fazendo uma defesa que dificultou um pouco o nosso jogo no ataque. Eles pararam muito nosso ataque. Toda hora eles faziam falta".

Derrotado na final dos Jogos Pan-Americanos, o Brasil volta sem a medalha de ouro e sem a vaga olímpica. E se a primeira não é mais uma conquista possível, a segunda ainda é acessível através de torneio pré-olímpico, que será disputado em 2012. Para Léo, a chance é complicada - e mais uma vez, em seu discurso, ele deixa aberta uma pequena brecha para voltar à Seleção.

"A chance (de vaga) é reduzida, muito difícil. Não sei quais as equipes, estou desinformado sobre isso. A gente esperava muito ganhar esse Pan-Americano, mas geralmente é muito forte esse pré-olímpico, porque são equipes europeias. É bem complicado. Vamos conversar ainda, mas acho difícil a participação", completa.

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