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terça-feira, 11 de outubro de 2011

"Estilo Bernardinho", técnico da Seleção Masculina leva jogadores ao limite.

Exigente, disciplinador, perfeccionista. Com ele, quem não utilizar 100% do potencial não tem vez. Assim é Javier Garcia Cuesta, treinador espanhol que comanda a Seleção Brasileira masculina de handebol. Ao melhor "estilo Bernardinho", ele tenta levar o time ao tricampeonato dos Jogos Pan-Americanos, que começam na próxima sexta-feira, em Guadalajara.

A fala mansa fora das quadras contrasta com o comportamento durante as partidas e treinos. O técnico de 63 anos não tolera acomodações e não poupa gestos e broncas para fazer com que os atletas cheguem ao limite enquanto estão trabalhando.

"Sempre gosto que os jogadores sejam verdadeiros esportistas, que sejam generosos no esforço que fazem. Todos têm que estar dispostos a lutar, a ganhar e a jogar bem. Para mim, o esporte sempre significou dedicação, treinamento e preparação", explicou o treinador, que está no comando da Seleção há dois anos.

Assim como os atletas comandados por Bernardinho no vôlei, os jogadores do handebol sofrem com as cobranças nos treinamentos, mas reconhecem que todo o esforço é necessário para que o time se torne vencedor.

"Gosto deste método. Na quadra, temos que dar 100% e ele não aceita menos do que isso. Tem que ser assim mesmo. Quanto mais potencial ele vê, mais ele puxa e te coloca em situações de estresse, para que você continue dando resposta e evoluindo. Se não tiver este cutucão do técnico, o jogador acomoda e isso não é interessante", analisou o ponta Renato Tupan.

O currículo invejável de Cuesta ajuda a fazer com que os atletas da Seleção confiem cegamente no que o técnico diz. Ele já participou de quatro edições dos Jogos Olímpicos, uma como jogador (Munique-72), e três como treinador (Los Angeles-84, Barcelona-92 e Atlanta-96). Nas vezes em que esteve no banco de reservas comandou três seleções diferentes: EUA, Espanha e Egito.

Apesar da campanha ruim do Brasil no último Mundial, no qual o Brasil terminou em 21º lugar, o prestígio do treinador continua intacto. Os resultados decepcionantes serviram para fazer com que o grau de exigência nos treinos aumentasse ainda mais, principalmente na defesa.

"Sou um fã da defesa, sempre fui ao longo de toda a minha carreira. Se você defende bem, as possibilidades de ganhar são muito maiores", explicou o espanhol.

Para ir à quinta Olimpíada na carreira, Cuesta precisa levar o Brasil ao título do Pan de Guadalajara, já que apenas o campeão da competição garante vaga para os Jogos de Londres. A caminhada começa no dia 16, quando a Seleção entra em quadra para encarar o Canadá.

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