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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Após vencer potências, brasileiras exaltam: "agora somos respeitadas"

"Estamos no caminho certo, mostramos aqui no Mundial", comemorou Duda Amorim

O fato de não ter subido ao pódio do Campeonato Mundial feminino de handebol ainda incomoda a Seleção Brasileira, que terminou na inédita quinta colocação. Mas, independentemente da classificação final, as jogadoras nacionais deixam o torneio encerrado neste domingo com uma certeza: entraram para o grupo de elite internacional e deixaram de ser apenas conhecidas das grandes potências para se tornarem, também, respeitadas.

O Brasil se despediu do Mundial com a quinta colocação e uma campanha de oito vitórias em nove jogos, com direito a triunfos sobre as duas finalistas da competição de dois anos atrás. Na primeira fase, a Seleção superou de virada a França, vice-campeã em 2009 e também em 2011, por 26 a 22; na disputa pelo quinto lugar, arrasou a então tricampeã Rússia por 36 a 20. E o time mostrou qualidade.

"Essa vitória sobre as russas demonstrou que poderíamos ter sido campeãs. Merecíamos isso. Mas o nosso campeonato mostrou que estamos aí", opinou a armadora Deonise, acompanhada pela colega de posição, Duda Amorim. "Ganhamos o respeito de todos os times, principalmente depois dessa competição. Agora, todos sabem que podemos jogar com qualquer um de igual para igual", apontou.

O técnico Morten Soubak, sempre bastante citado pelas atletas como responsável por boa parte do êxito do Brasil neste Mundial, também fez um balanço positivo do torneio. Mas, sem deixar de lado a amarga derrota para a Espanha na última quarta-feira.

"Estamos muito felizes por terminar o campeonato em quinto, com o nosso melhor resultado da história e vencendo a Rússia, uma das favoritas. Mas acho que merecíamos pelo menos ter entrado nas semifinais", analisou o dinamarquês, que, de todas as formas, se mostrou bastante orgulhoso das meninas em quadra. E frisou a importância do moral conquistado para o próximo grande desafio: a Olimpíada de Londres.

"Demonstramos para todos, para nós e para as outras equipes, que demos um passo em direção ao grupo das melhores do mundo. E já pertencemos a ele. Penso que apresentamos o potencial para enfrentar um grande de igual para igual. Estamos competitivos e mostramos para o Brasil algo chamado handebol. Agora, em Londres, serão 12 equipes e 11 muito fortes brigando por uma medalha. E estamos entre essas 11", disse Soubak.

Quem também mostrou empolgação com a possibilidade de chegar aos Jogos Olímpicos pela primeira vez com status de candidata a pódio foi a goleira Babi. "Ainda não temos palavras para comemorar o que conseguimos neste Mundial, mas Londres já é o nosso objetivo, muito grande, que teremos que cumprir", disse a camisa 12.

Classificado para a Olimpíada por conta da medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, o Brasil já tem as companhias de Noruega (campeã mundial de 2011), Suécia (vice-campeã europeia, que se classificou neste domingo com o título das norueguesas), Coreia do Sul (campeã asiática) e Inglaterra (país-sede). O Campeonato Africano em janeiro definirá a última vaga direta para Londres; as outras seis sairão do Pré-Olímpico, em maio.

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