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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Ofuscado pelas mulheres, handebol masculino já se planeja para as próximas gerações

A seleção brasileira feminina de handebol fez bonito no ano passado e ganhou destaque do público depois do quinto lugar no Mundial de São Paulo.

Foi a melhor colocação de um time nacional no esporte. Venceu potências como França, Romênia e Rússia e por pouco não foi ao pódio. Já garantiu vaga nos Jogos de Londres, após vencer os Jogos Pan-Americanos, e é cotada para disputar medalha.

Já a seleção masculina vive momento diferente. Ficou em 21º no Mundial-2011, perdeu para a Argentina no Pan e luta para obter vaga no Pré-Olímpico Mundial, contra fortes seleções europeias. Em sua preparação, perdeu dois jogos para a Tunísia, apenas a 19ª no último Mundial, e venceu uma equipe tunisiana.
Mas os homens querem “pegar carona” no sucesso das mulheres no esporte e lutam para melhorar a estrutura e terem um desempenho melhor nos Jogos do Rio de Janeiro, daqui a quatro anos.

“Na verdade, foi um grande passo no handebol feminino e é nossa esperança para uma medalha olímpica na modalidade. O que está sendo feito com elas está muito bom. Com intercâmbios, a maioria da meninas joga na Europa. Mas temos que nos preocupar com a nossa liga aqui no Brasil, formar mais atletas competitivos, pois temos que pensar nas próximas gerações”, falou o goleiro Mike.
“Nos últimos sete anos tivemos uma evolução no nosso jeito de jogar, e quem acompanha o nosso trabalho sabe disso, mas ainda temos que trabalhar muito para conquistar um resultado significativo.”
Para melhorar o desempenho, a Confederação Brasileira de Handebol aposta na escola espanhola. Atualmente, o técnico do time nacional é Javier Garcia Cuesta. Ele sucedeu o também espanhol Jordi Ribera.

E Cuesta sugere um maior intercâmbio nacional com as grandes potências e melhora na estrutura para atingir um melhor desempenho.

“[Precisamos de] competição externa e interna com nível. Nossas ligas internas estão melhorando, mas ainda não temos uma competição forte. Quanto a mais jogos internacionais, no ano passado tivemos 25 jogos. Antes, não tínhamos nem dez. Mas ainda é pouco, pois os europeus têm cem jogos fortes por ano”, falou.

“Tecnicamente, melhoramos muito. Mas ainda temos que melhorar a formação dos jogadores. Os treinadores da base precisam de mais ajuda para não dar tanta importância à competição, e sim à formação por etapas. A injeção de dinheiro no país para o esporte e sua estrutura vai ser grande e estamos aproveitando essa oportunidade com mais intercâmbios. Países do mundo inteiro estão firmando convênios com o Brasil, e o importante é que são países de alto nível de handebol. Centros de treinamentos, detectar talentos pelo país, isso tudo poderá ser melhorado”, continuou.

O Brasil estreia amanhã no Pré-Olímpico Mundial, contra a Suécia, às 12h (horário de Brasília). No sábado, encara a Hungria, e no domingo, a Macedônia. Tem que vencer pelo menos dois jogos para avançar. Mas o time já pensa em 2016.

“É uma realidade, pois vários jogadores desse ciclo olímpico irão participar do próximo ciclo. Esses atletas estão ganhando responsabilidade nos jogos, nos treinamentos, e o melhor é que estão ganhando experiência internacional”, finalizou Cuesta.

Veja os jogos do Brasil no Pré-Olímpico

Brasil x Suécia - sexta-feira (6) -12h
Brasil x Hungria - sábado (7) - 8h45
Brasil Macedônia - domingo (8) - 9h45

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