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domingo, 1 de janeiro de 2012

"Missão impossível" divide opiniões na seleção de handebol masculino

Diante das dificuldades, técnico cogita não disputar Pré-Olímpico; presidente da CBHb acredita na classificação

Após falhar no objetivo de faturar a medalha de ouro no Pan-Americano de Guadalajara e garantir, consequentemente, a vaga para os Jogos Olímpicos de Londres, a seleção brasileira de handebol masculina terá, no Pré-Olímpico da Espanha, a missão, considerada por muitos como impossível, de conquistar a sonhada vaga. Enquanto o treinador da equipe, o espanhol Javier García Cuesta, acena com a possibilidade de não disputar a competição; o presidente da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Manoel Luiz Oliveira, acredita fielmente na classificação.

- Claro que vai ser mais difícil do que no Pan-Americano de Guadalajara, mas não é uma tarefa impossível. Eu acredito perfeitamente que podemos nos classificar. Não vai faltar apoio para que nosso objetivo seja alcançado – disparou Manoel, demonstrando bastante confiança em suas palavras.

Para a disputa do Pré-Olímpico, que será realizado na Espanha, de seis a oito de abril, o Brasil tem como adversárias a seleção anfitriã (terceira colocada no último Mundial), a Islândia e outro país, que será definido no Campeonato Europeu, em janeiro. Diante das dificuldades iminentes, Javier Cuesta, durante participação no 1º Fórum de Debate para Desenvolvimento do Handebol Brasileiro, realizado nos dias 10 e 17 de dezembro, na UniFMU, em São Paulo, pediu uma preparação longa para a competição. Caso não, uma das alternativas seria abdicar da participação.

- Tentávamos a vaga olímpica pelo Pan, mas fracassamos. Agora, temos três possibilidades: realizar uma longa preparação começando em janeiro, juntar o time dez dias antes das partidas ou então nem vamos, porque nossas chances são mínimas. É necessário tomar algumas decisões, mas eu gostaria muito de poder realizar uma longa etapa de treinos – disse Javier.

Para o desejo do treinador espanhol ser realizado, os clubes teriam que apoiar a seleção novamente, abrindo mão de seus principais atletas por um longo período de tempo. Ao lembrar a preparação da equipe visando ao Pan de Guadalajara, o presidente Manoel Luiz Oliveira garantiu que, novamente, não faltará nada para Javier Cuesta. Na visão do mandatário da CBHb, a seleção realizou sua melhor preparação da história. Além disso, os clubes foram muito importantes no processo, ao liberar os jogadores para ficarem exclusivamente com a seleção.

- Atendemos a todos os pedidos da comissão técnica, fizemos 15 jogos internacionais na caminhada para o Pan. Tínhamos tanta certeza de que a seleção masculina venceria em Guadalajara que o plano B foi deixado de lado. Ele existia, mas sinceramente, achávamos que não seria necessário. Então, estava um pouco esquecido. Agora, vamos tentar fazer tudo o que o Javier precisar – revelou o terceiro e atual presidente da confederação.

Preparação para Guadalajara muito citada


Na questão da liberação dos atletas, Manoel voltou a falar da preparação visando ao Pan e alertou para o cansaço, além da necessidade de tratar lesões.

- Os jogadores tiveram um ano de 2011 muito cansativo. A preparação para o Pan foi intensa e, quando eles voltaram, tiveram que se apresentar aos seus clubes para a fase final da Liga Nacional. Agora, eles estão com suas famílias para as festas de final de ano e precisam descansar. Além disso, há aqueles que estão lesionados e precisam se tratar – disse.

Em caso de não conseguir a classificação, o ciclo olímpico estaria quebrado e Javier Cuesta deixaria o comando da seleção brasileira. O presidente tentou disfarçar com elogios, mas deixa claro que o contrato vai até o fim deste ciclo.

- Ele (Javier Garcia Cuestra) é muito competente e temos uma boa relação. Mas não podemos negar que o resultado foi ruim. Claro que eu fiquei decepcionado por não termos conquistado o ouro em Guadalajara, mas nada acabou. O contrato dele é até o fim do ciclo olímpico. Não posso saber o que vai acontecer depois, mas o término do vínculo do Javier é até o fim deste ciclo – disse, sem conseguir esconder que ainda existe um sentimento de tristeza pela derrota para a Argentina na final do Pan de Guadalajara.

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